terça-feira, 28 de abril de 2009

Guardado, escondido e trancado. Ondê?

" Calma Bruna, o que é teu está guardado!"
É mesmo? Cadê? Então me dá!
É sério. Eu quero, e é agora!
Como é que eu vou ter calma sabendo que esta guardado? Desse jeito eu imagino tal qual a frase se diz. Sendo meu, eu poderia abrir a tal caixa, mexer e remexer á vontade. Me arrumaria na minha bagunça. É meu direito!
E então, delicadamente eu a fecharia e guardaria novamente perdida no tempo. Não sei quando vou precisar denovo...
O que me inquieta é saber que o meu está guardado e não aqui comigo, encarando a vida de frente. Mediando seus pólos que se aproximam ao ponto de se tocarem, que é sonhar e viver.
"Cadê o dinheiro guardado quando eu tive vontade de comprar um livro novo? "
"Será que a tranquilidade se perdeu em uma velhice distante? "
"Ei, amor da minha vida, sai da caixa! Vem passar uma tarde de folga bem juntinho vai!"
Quero tirar o cheiro, o pó e a sensasão de guardado de tudo isso, fazê-los pulsar! Mostrar a vida!
Enfim, essa é só uma frágil promessa disfarçada por um ego grande. Achamos que merecemos tanta coisa por cada pequeno arranhão que já nos machucou um dia.
A ilusão de esperar é doce, principalmente quando o prometido dá as caras len.ta.men.te...
Primeiro ou o último da lista, podem vir! Seja meu e tome seu lugar por favor!
Grata,
Bruna Aragon