domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não foi um qualquer

Sexta
Vamo sim, essa roupa não. É na USP, vou de tênis. 4 cervejas por favor. Cabô ne? No fim é sempre lá, Augusta. Sempre igual, sempre cheio. Tchau. Fome, oi salgado!

Sábado
Metrô, espera, saudade. Quanto tempo, papo, papo. Casa. Quero ficar na cama, não pode? Tá já vou. Compra cerveja. Oi, parabéns! Olha ele lá. Legal, agora toca Tim Maia. Casa, dos outros. Vamo logo gente. Supresa! Oi, oi. Papo, papo. Jantar, bom! Foto, video game, mais papo. Virou dia gente. Tchau tchau. Foi mto bom. Próximo?

Domingo
Bom dia. Banho. Mais sono. Não vou mais. Sono. Lasanha Sadia, te amo. Ah, tbm não quero, fico. Sono. Idéias e idéias. Feliz!

Não raras as vezes

Não raras as vezes

No final, é pros braços dele que eu volto.

Não raras as vezes se ouvem frases ásperas de outros casos que não o nosso. Rápidas e rasantes que não se pode desviar. O propósito parece mesmo ser machucar o mais fundo possível.

Não raras as vezes nossas vontades não se encontram, a distância dá mão ao tempo e vão embora. Enquanto uma porta se abre, a outra parece estar se fechando por tempo indeterminado, vivemos vidas no singular.

Não raras às vezes eu quero morrer quando ele fala comigo como se eu fosse um amigo. Fico puta quando ele insiste nas frases provocantes que não são nada românticas. Eu sei que ele se irrita quando eu peço pra repetir e meus impulsos em hora inadequada.

Não raras as vezes eu não presto mesmo a mínima atenção no que ele fala, e ele não sabe que só pelo fato dele estar ali, já é quase tudo que eu preciso.

Não raras as vezes é ele que me tira toda aflição da vida, faz esquecer o dia ruim e cura meus amores perdidos. Não raras as vezes me pego pensando que mataria por ele, e não teria vergonha do feito diante de ninguém. Mas só por ele que também atravesso a cidade e o orgulho.

Não raras as vezes me pego pensando em colocar nossas horas de colchão no chão, cervejas e papos divertidos numa caixa para que elas nunca percam a nossa sintonia.

Não raras as vezes eu quis acabar logo com tudo quando ele dá um passo maior, a frente, e longe de mim na sua vida. Mas tudo bem, afinal, é sempre pros braços dele que eu volto.


Por que ter o melhor se você pode aproveitar muito mais do imperfeito?