domingo, 21 de março de 2010

Eu aqui, ele lá

Enquanto eu olhava pela janela e resumia 5 dias de viagem em vontade de voltar, conheci meu companheiro de vôo. Engraçado como trocamos peculiaridades da vida em tão poucas palavras, mas o suficiente que me fez pensar que um cara como esse nunca seria meu companheiro nem no pôquer, muito menos no amor. E justificando minha inconstância, acho também que é importante saber o que não se quer , consegui até fazer uma lista mental.
Seja um pouco Luis e o máximo que podemos dividir é o elevador, nunca saliva, um céu ou promessas de pra sempre. Eis meu companheiro na volta do Cerrado:

Luis comprou o assento que ocupa hoje há cinco meses, pois já planejou suas viagens de negócios do ano todo e além disso precisa combinar com sua noiva os dias que não estará em casa para buscá-la na massagem ou na aula casa da sogra ( principais ocupações de Márcia no momento). Lê o jornal e guarda or-ga-ni-za-da-men-te os cadernos, prefere o de esportes pois pode ler sossegado as notícias de futebol, já que Márcia não gosta que ele assista os jogos nem em casa, muito menos no bar. Aliás, não bebe. Quer dizer, champagne no Ano novo, que é sempre muito emocionante em sua chácara em Jarinú e vinho no Natal que seu cunhado leva.

Pensei em falar que viajo sem preparar nada além da minha mochila, que semana passada nem sei como acordei em casa depois da bebedeira e que se ele me der uma escultura de vaca, posso perdê-la em 1 dia. Mas não. Tua vida é bonitinha Luis. Por enquanto você vai de suco de pêssego e eu de Coca Cola. Vá viver a sua vida que eu vivo a minha, afinal, você de lá e eu de cá na balança, deixamos o mundo assim: um tanto equilibrado para pessoas como você, e um tanto confuso para gente como eu.
Beijo tchau!

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